Pastoral Vocacional


Você que é jovem já pensou sobre qual é a Vontade de Deus em sua vida? Qual o chamado e a missão que Ele tem para você? Já pensou, quem sabe, em ser padre para servir o Povo de Deus? E por que não...?

Junte-se a nós nessa maravilhosa missão de anunciar o Reino de Deus!

Se você sente o chamado de Deus procure o seu pároco, partilhe com ele e lançe-se nesta grande aventura iniciada pelo próprio Jesus Cristo e seus Apóstolos!

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Pastoral Vocacional[1]
A Pastoral Vocacional, como parte integrante da vida da Igreja, é uma das suas preocupações fundamentais. Constitui, por isso, uma prioridade pastoral. “Um generoso empenho certamente há-de ser posto – sobretudo através de uma oração insistente ao Senhor da messe (cf. Mt 9,38) – na promoção das vocações ao sacerdócio e de especial consagração. Trata-se dum problema de grande importância para a vida da Igreja em todo o mundo”.
PRINCÍPIOS DA PASTORAL VOCACIONAL
Chamados à comunhão
A ação vocacional na pessoa só pode acontecer num dinamismo de aliança e de comunhão com Deus no amor. Consciente de que foi escolhido por Deus desde sempre, o indivíduo que é chamado deixa-se envolver na aventura da relação e do amor. Homem de Deus que faz uma experiência diária de comunhão e de diálogo com Deus, o chamado descobre os projetos de Deus, identifica-se com eles e aceita testemunhá-los no mundo. O amor de Deus que lhe enche o coração, compromete-o no amor aos irmãos. “É por isso que todos saberão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13,35). A caridade é verdadeiramente o coração da Igreja, o amor é a chave de todas as vocações, no dizer de S. Teresa de Lisieux: “Compreendi que a Igreja tem um coração, um coração ardente de amor; compreendi que só o amor fazia atuar os membros da Igreja; compreendi que o amor encerra em si todas as vocações, que o amor é tudo”.
Falar da vocação e das vocações significa falar da realidade mais profunda da pessoa. Não se trata apenas de buscar a satisfação de um mero desejo pessoal ou de se sentir realizado em determinadas tarefas gratificantes. É um processo que se passa ao nível mais profundo da pessoa. O mais importante e decisivo é a resposta ao chamamento a seguir Jesus na Igreja e a continuar a sua missão no mundo, que pode levar à consagração total da pessoa. Qualquer tipo de vocação assumida nesta perspectiva, abre para um projeto belo e nobre de realização da pessoa humana nas suas mais profundas aspirações: no dom de si, na relação com os outros, na transformação da sociedade e do mundo, segundo o projeto salvífico de Deus.
A ação vocacional procede da decisão amorosa e maternal da Igreja de prestar o melhor serviço a todas e a cada uma das pessoas, para serem elas mesmas segundo o projeto de Deus, para descobrirem “o dom de Deus” e o Seu amor incondicional e único e para assumirem o serviço salvífico que devem prestar na Igreja e no mundo.
A ação vocacional tem como dever “premente e irrecusável anunciar e testemunhar o sentido cristão da vocação”, a boa notícia do chamamento. O povo cristão tem direito a escutar este “Evangelho da Vocação”.
A ação vocacional deve procurar atingir todas as pessoas, em todas as idades e ao longo de toda a vida. A pastoral vocacional não conhece fronteiras; dirige-se a todos e não apenas a algumas pessoas privilegiadas, porque todo o ser humano tem o desejo de conhecer o sentido da vida e do seu lugar na história; é uma proposta contínua que não acontece apenas uma vez na vida; não é só para jovens, pois o convite do Senhor a segui-lo dirige-se a todas as idades e a vocação considera-se plenamente realizada na hora da morte.
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A ação vocacional acontece no mistério de Deus:
·         parte do Mistério de Deus para reconduzir ao mistério do homem,
·         parte da centralidade da Ressurreição de Cristo na vida da Igreja e na vocação para provocar a resposta da pessoa,
·         parte do dinamismo radical da escatologia para captar os sinais do Espírito na história. Sem esta abertura ao mistério em sentido pleno, não existe vocação nem pastoral vocacional. A pessoa humana realiza-se vocacionalmente neste movimento que envolve toda a sua vida e que é o fundamento do caminho de discernimento vocacional.
Chamados a anunciar o Evangelho da Esperança
Toda a pastoral da Igreja tem o seu fundamento teológico na eclesiologia renovadora do Concílio Vaticano II, que define a Igreja como comunhão e missão. A comunhão encarna e manifesta a essência da Igreja.
“Promover uma espiritualidade de comunhão, elevando-a ao nível de princípio educativo em todos os lugares onde se plasma o homem e o cristão, onde se educam os ministros do altar, os consagrados, os agentes pastorais, onde se constroem as família e as comunidades…”, antes de quaisquer programas, iniciativas ou ações pastorais, é o grande desafio para todos os que procuram ser fiéis ao desígnio de Deus e corresponder às expectativas do mundo.
A pastoral das vocações, situa-se na compreensão da Igreja como comunhão e missão. Sendo assim, os vocacionados ao ministério dão continuidade ao serviço de Jesus, ungido pelo Espírito Santo, para levar a Boa Nova aos pobres, a luz aos que andam nas trevas, a liberdade aos que estão prisioneiros, a vida a todos os homens.
Toda a vocação na Igreja está ao serviço da santidade. Algumas, como a vocação ao ministério ordenado e à vida consagrada, fazem-no de modo singular. A vocação sacerdotal é essencialmente uma chamada à santidade na forma que nasce do Sacramento da Ordem. A santidade é intimidade com Deus, é imitação de Cristo pobre, casto e humilde; é amor sem reserva às almas e entrega pelo seu próprio bem; é amor à Igreja que é santa e nos quer santos, porque assim é a missão que Cristo lhe confiou. Cada um de vós deve ser santo também para ajudar os irmãos a seguir a sua vocação à santidade. A vida consagrada revela a íntima natureza de toda a vocação cristã à santidade e a tensão de toda a Igreja-Esposa para Cristo, seu único Esposo, apontando para o valor absoluto e escatológico da proposta de vida assumida.
A Igreja, chamada por Deus, constituída no mundo como comunidade de chamados, é, por sua vez instrumento do chamamento de Deus. A comunidade que toma consciência de ser chamada, ao mesmo tempo toma consciência de que deve chamar continuamente. Através e ao longo desse chamamento, nas suas várias formas, flui também o apelo que vem de Deus.
Neste sentido a Igreja é mãe das vocações, geradora e educadora de vocações: com a força do Espírito, faz nascer, protege e alimenta; procura que tenham uma adequada formação inicial e permanente, acompanhando-as ao longo do caminho.
 



[1] Guia da Pastoral Vocacional, Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada.